O que são as Taxas de Juros
É provável que você já ouviu falar em taxa de juros, não é mesmo? Mas apesar de ser um termo popular, nem todos sabem exatamente o que elas são e para que servem.
Em se tratando de um tema importante para qualquer pessoa, criamos esse artigo. E, ao longo dele, vamos conhecer quais são os principais tipos de juros, como eles funcionam e de que maneira eles afetam seu bolso e seus investimentos. Vamos lá?
O que é taxa de juros e como funciona?
Portanto, os juros tem uma relação direta com o tempo, ou seja, quanto maior o período maior o retorno do capital aplicado.
Juros é a remuneração do capital empregado em alguma atividade ou investimento por um determinado período de tempo.
A taxa de juros é o valor percentual acordado que irá incidir sobre o capital durante o período acordado. Por exemplo: 0,01% a.d. (ao dia); 5% a.m. (ao mês); 13% a.a. (ao ano).
Veja só um exemplo: imagine que você pegou emprestado no banco R$5.000,00 para ser quitado daqui a um ano. Então, no momento de quitar a dívida com a instituição, você pagará um valor acima do que pegou emprestado.
Digamos que, nesse caso, após os 12 meses combinados você pagou de volta R$5.500,00. Portanto, os juros foram de R$ 500,00, enquanto a taxa de juros nesse exemplo foi de 10% ao ano.
Percebeu a diferença?
Entenda quais são os principais tipos de taxa de juros
Agora que você já sabe o que são os juros e a taxas de juros, vamos ver os diferentes tipos de juros aplicados na matemática, economia e finanças.
Juros simples
São os juros cobrados como uma porcentagem do montante original emprestado (ou capital inicial), durante todo o período do empréstimo. O valor da taxa de juros deve ser acordada entre as partes.
Exemplo: Se você pegar emprestado R$ 1.000, com uma taxa de juros de 10% ao ano por um período de 5 anos, o valor dos juros cobrado será de R$ 500.
Juros compostos
Conhecido também como “juros sobre juros”, eles são aplicados durante toda o período. Dessa forma, a soma é feita sobre o valor inicial e também sobre os juros dos meses anteriores.
É esse tipo de juros que causa pavor em muitas pessoas endividadas, especialmente no cheque especial, porque provoca um efeito de bola neve em que quanto mais tempo o débito se mantém maior fica o valor a ser pago.
Exemplo: Se você pegar emprestado R$ 1.000, com uma taxa de juros de 10% ao ano por um período de 5 anos, o valor dos juros cobrado ao final será de R$ 610,51.
1º ano: R$ 1.000,00 * 10% = R$ 100,00
2º ano: (R$ 1.000,00 + R$ 100,00) * 10% = R$ 110,00
3º ano: (R$ 1.000,00 + R$ 100,00 + R$ 110,00) * 10% = R$ 121,00
4º ano: (R$ 1.000,00 + R$ 100,00 + R$ 110,00 + R$ 121,00) * 10% = R$ 133,10
5º ano: (R$ 1.000,00 + R$ 100,00 + R$ 110,00 + R$ 121,00 + R$ 133,10) * 10% = R$ 146,41
Juros de mora
Juros de mora ou moratória reincidem sobre o valor de acordo com o período de atraso. Ou seja, quem não paga o combinado dentro do prazo deve arcar com essa indenização adicional.
São juros muito comuns em pagamentos por boleto como: prestação de carro/imóvel, aguá, energia elétrica etc.
Exemplo: Se você atrasar por 10 dias uma conta de provedor de Internet no valor R$ 90,00 e com juros de mora de 0,02% ao dia, pagará R$ 0,18 de juros.
R$ 90,00 * 0,02% * 10 dias = R$ 0,18
Juros nominais
Os juros nominais envolvem as correções monetárias sobre o valor em questão. Portanto, a inflação do período está contida na taxa informada.
Exemplo: Imagine um empréstimo de R$ 10.000,00 feito a uma taxa de 12% ao ano. O valor total de juros nominais ao final do primeiro ano será de R$ 1.200,00.
Juros reais
Esses funcionam de maneira oposta ao juros nominais, a inflação do período é desconsiderada. Evidentemente, se a inflação em um período for igual a zero, tanto os juros nominais quanto os juros reais terão o mesmo valor.
Exemplo: Imagine um empréstimo de R$ 10.000,00 feito a uma taxa de 12% ao ano e uma taxa de inflação apurada em 7% ao ano no período.
O valor total de juros nominais ao final do primeiro ano será de R$ 1.200,00. Porém, os juros reais aplicados serão de R$ 500,00 (12% – 7% = 5%).
Veja, que é importante saber o valor dos juros reais, pois isso pode impactar de maneira profunda análises comparativas.
Exemplo: Avaliar as rentabilidades de duas aplicações, onde A possui uma taxa nominal de 18% ao ano e a B uma taxa real de 12%, considerando-se a inflação acumulada do período em 6% ao ano.
A: taxa nominal de 18%, descontando 6% de inflação, temos 12% de taxa real.
B: taxa real de 12%, corrigindo por 6% de inflação, temos 18% de taxa nominal.
Portanto, ambas são equivalentes em termos de rentabilidade.
Juros rotativos
Esse é um dos juros mais nocivos da economia brasileira, cobrado quando o cliente não paga a totalidade da fatura do cartão de crédito.
O cartão é uma ferramenta perigosa nas mãos de quem não sabe usá-lo, pois as taxas anuais do rotativo ultrapassam os 300% ao ano.
Ou seja, é uma dívida praticamente impagável e que tira o sono de muita gente. Se você se enquadra nesse grupo, procure formas mais baratas de empréstimo o quanto antes.
Qual a diferença entre taxa de juros fixa e variável?
Taxa fixa e variável são termos muito usados em financiamentos habitacionais, mas também têm muito a ver com outras áreas.
Se você pretende investir em títulos do Tesouro Direto, por exemplo, vale a pena conhecê-las mais a fundo.
Taxa variável
É uma taxa que pode variar ao longo do tempo, sendo assim, é praticamente impossível saber exatamente os rumos que os juros vão tomar.
Por exemplo, um título Tesouro Selic, é pós-fixado e vinculado à taxa Selic. E portanto, se a taxa Selic cai, a rentabilidade do título também cai, se ela sobe a rentabilidade sobe.
Taxa fixa
É uma taxa acordada no momento da negociação (prefixada), portanto, é possível saber exatamente o valor do juros ao longo do período.
Assim, independente das oscilações do mercado e da economia, as taxas fixas são mantidas durante todo o período contratado. É uma opção mais indicada para quem prefere não correr riscos desse tipo, concorda?
Mas fique atento, apesar de parecer que as taxas fixas são melhores por sabermos exatamente quanto vamos receber, em algumas situações elas se tornam um problema.
Por exemplo, imagine que você comprou um título do Tesouro Prefixado no valor de R$ 1.000,00 a uma taxa de 8% ao ano.
Se a inflação do período estiver abaixo de 8%, você está tendo um rendimento real. Caso contrário, se estiver acima de 8%, seus ganhos estão sendo corroídos pelo inflação, ou seja, perdendo poder de compra.
Taxa Selic — conheça a taxa básica de juros do Brasil
A Selic é conhecida como a taxa básica de juros do Brasil. Sendo que diversos tipos financiamentos e investimentos estão atrelados a essa taxa.
Portanto, ela tem uma enorme importância na economia brasileira, porque exerce impacto em outros juros, além de ser um dos principais indicadores utilizados em títulos de renda fixa.
O valor da Selic é definido pelo próprio Banco Central, a partir da reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária) que acontece a cada 45 dias.
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